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terça-feira, dezembro 14

pinturas

O que são essas coisas e como passaram a ter lógica? A gente vai, senta num banco, olha ao redor. Tudo é tão cotidiano, tão lógico. Nem nos damos ao incomodo de estranhar. Os carros passam, as árvores, ainda ali, pintam o ar de verde, a gente olha e vê: pessoas, placas, postes, tudo, tão normal. E que problema há em se acostumar com o dia-a-dia e não fazer festa a cada nova imagem? Tudo faz parte da lógica que nos embala desde que nascemos. Antes de nascermos, já estava tudo ali. Estava, em outro fluxo, mas estava. Estamos continuando a vida. Assim, sem novidade.
Assim, sem novidade?
Eu lhe digo, então. São tantas coisas comuns que perderam a voz e você já não se importa. Elas perderam a voz, viraram cenário desnecessário. E você já o ignora. Não vê que dali existem tantos outros ângulos, tantas outras formas e interpretações. Tudo está tão novo e você não vê porque não te interessa. Tudo está tão na cara, e você se limita nessa lógica absurda do banal.
Você se prendeu à lógica absurda do banal. São tantas lógicas que nos embalam, você só se prendeu. Se limitou.
E passa. Do parto à partida, e você nunca prova do gosto da vida.
Sempre aí, sentado num banco, indiferente.

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